A Hidro-Ibérica, empresa de estudo e montagem de regas, e a Agromillora, empresa com viveiros dedicados à produção e comercialização de plantas, estão a investir em soluções para a cultura de avelã, que consideram ser uma oportunidade de investimento face ao aumento do seu consumo mundial (que passou de 357.993 toneladas para 466.594 toneladas entre 2013 e 2018).
“Tendo como base as técnicas de cultivo do olival e amendoal intensivo, esta cultura é uma alternativa viável e apelativa para agricultores e empresários, especialmente em Portugal, a norte do Tejo, pois esta fruteira adapta-se muito bem ao clima mediterrânico, é um produto não perecível, colhido no Verão e com um mercado crescente no mundo, para além de utilizar tecnologias avançadas que rentabilizam a cultura tornando-a sustentável a baixo custo. Além disso, a produção de avelã é uma cultura extremamente mecanizada”, referem as empresas, em comunicado.
A Agromillora desenvolveu um modelo que se baseia na experiência de outros cultivos que já intensificou para o modelo em sebe, como o caso do olival e amendoal.
A transição para árvores mais pequenas iniciou-se há mais de uma década, nos Estados Unidos (Oregon) e no Chile, onde gradualmente se transitou para plantações comerciais, com compassos mais estreitos (5×3 ou 5×2,5). Foram estas experiências, acompanhadas pela Agromillora nos Estados Unidos, que levaram até a primeira plantação de aveleira, em sebe, na Europa, na La Porxina (Espanha – 2013). “Esta transição possibilitou um aumento da densidade de mais de 400% e consequentemente uma entrada mais rápida na produção e uma redução de custos, garantindo uma elevada produtividade”, afirma a empresa.
O modelo desenvolvido pela Agromillora teve estreia a nível nacional, no campo de ensaio da Agroglobal em Valada do Ribatejo, com o apoio técnico da Hidro-Ibérica. O modelo apresenta-se como uma alternativa para investimentos agrícolas em determinadas zonas de regadio,” registando uma menor necessidade hídrica (2.500-3.000m3/ha) e uma maior resistência a geadas tardias, quando comparada com a cultura da amêndoa”.
O custo de instalação (Investimento Inicial), com um compasso que pode variar entre o 5 X 3 e o 4 X 2, situa-se ente 6.000 euros por hectare e 8.000 euros por hectare.