Portugal registou um aumento dos custos dos fatores de produção em 6,2%, durante o primeiro trimestre de 2022. O valor é um dos mais baixos na União Europeia, onde o aumento foi de 9,5% quando comparado com o último trimestre de 2021. De acordo com o Eurostat¸o aumento teve como origem o preço dos fertilizantes (+21,2%), da energia (+17,4%) e da alimentação animal (+9,2%).
Do lado dos preços dos produtos agrícolas, o preço aumentou uma média de 6%. Em Portugal, a subida foi de cerca de 2%.
Os preços trimestrais têm subido desde o primeiro trimestre de 2021. Numa base anual, os fatores de produção aumentaram os seus custos em 27,4% entre o primeiro trimestre de 2021 e 2022. Em Portugal, a subida foi de 33,63%, superior à média europeia.
Os preços dos fertilizantes quase duplicaram (+96,2%) e o preço da energia aumentou 55,6%. A alimentação animal sofreu um aumento de 22,9%.
Já o preço dos produtos agrícolas aumentou 19,9%, em um ano. Em Portugal, a subida foi de apenas 5,24%. O aumento foi maior nos cereais (+41,5%), nas oleaginosas (+51,7%), assim como o gado bovino (+24,2%), as aves de capoeira (+22,2%) e o leite (+21,4%).
Entre os Estados Membros, o maior aumento dos produtos agrícolas registado entre o final de 2021 e o início de 2022 aconteceu na Lituânia (+18,1%), seguido da Roménia (+14,4%) e dos Países Baixos (+13,9%). A Croácia (-5,8%, devido à queda do preço da forragem), a Eslováquia (-0,8%) e a Grécia (-0,4%) foram os únicos a registar uma queda.
Já entre os custos dos fatores de produção, estes aumentaram mais na Lituânia (+24,5%), na Letónia (+18,9%) e na Eslováquia (+14,6%). Todos os Estados-Membros registaram subidas, mas as taxas de subida mais baixas registaram-se em Malta (+4,7%), na Eslovénia e em Portugal (ambos +6,2%).