Um novo estudo da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos da América (EUA), concluiu que a probabilidade de ocorrência de pragas por insetos na agricultura é maior em áreas com uma maior densidade populacional e próximas de portos marítimos.
Além disso, a análise também concluiu que a ocorrência destas problemáticas é despoletada por fatores climáticos que possam afetar a sobrevivência dos insetos causadores de pragas.
Para chegar a estes resultados, os investigadores analisaram os impactos de vários fatores, como densidade populacional humana, proximidade a portos marítimos, condições climatéricas e atividade agrícola.
A partir destas conclusões, a equipa de investigação concebeu um mapa que assinala visualmente as áreas com maior probabilidade de ocorrência de pragas nos EUA.
O estudo, que analisou mais de 100 introduções recentes de pragas e dados de 3.000 regiões nos EUA, também concluiu que a vigilância pública e a consciencialização são fundamentais para a deteção precoce de pragas, uma vez que o estudo revelou ainda que as pragas têm maior probabilidade de serem detetadas pelas pessoas quando ocorrem em áreas com um elevado número de pessoas.
A análise concluiu também que o envolvimento público na deteção de pragas foi maior em regiões onde a agricultura constitui um valor menor para economia local, isto porque a deteção destas problemáticas por grandes operadores agrícolas ou investigadores pode ser menos atenta e pouco frequente.
As descobertas, que vão ser publicadas na edição de agosto de 2024 do Journal of Environmental Management, podem, segundo os investigadores, serem utilizadas para melhorar estratégias de deteção precoce e resposta a novas pragas de insetos.
“Estes resultados podem dar suporte ao desenvolvimento de programas de investigação de pragas que sejam mais económicos e eficazes. Por exemplo, uma melhor estratégia defensiva pode ser planeada se forem conhecidos quais os maiores riscos de pragas e quais as áreas mais propícias a tal”, referem os cientistas.