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Pinhal sofre nova ameaça

Apesar de já fragilizada devido ao alastramento de nemátodo da madeira do pinheiro (NMP), surge uma nova ameaça à floresta de pinho nacional, o cancro resinoso do pinheiro.

Apesar de já fragilizada devido ao alastramento de nemátodo da madeira do pinheiro (NMP), surge uma nova ameaça à floresta de pinho nacional, o cancro resinoso do pinheiro.

Esta doença tem vindo desde 2006 a merecer atenção por parte da Comissão Europeia, que estabeleceu medidas de emergência contra a introdução e propagação da gibberella circinata na comunidade.

Desde 2008, que a Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA) alertou as autoridades portuguesas para o problema, tendo chegado a elaborar um documento em que reuniu informação relativa à temática onde alertava para as consequências da falta de acção em tempo útil.

A ANEFA promoveu recentemente o Encontro Nacional de Viveiristas, onde participaram dezenas de empresários, na tentativa de obter esclarecimentos e de expor a situação por que está a passar a grande maioria dos fornecedores de material florestal de reprodução.

A preocupação assenta agora sobre a decisão da Comissão, que adianta que os fornecedores de material florestal de reprodução, que apresentem amostras positivas para o fusarium circinatum (fungo que provoca a doença), deverão ser proibidos de comercializar plantas coníferas, durante dois anos.

Já foram feitas análises aos pinheiros. No entanto, dada a falta de capacidade de resposta dos laboratórios envolvidos no processo os fornecedores desconhem os resultados, o que pode comprometer a próxima campanha uma vez que não podem correr o risco de realizar a sementeira e depois ficarem impossibilitados de comercializar as plantas.

Esta doença afecta o pinheiro em todos os seus estados de desenvolvimento e em qualquer altura do ano, sendo detectável em sementes, agulhas, pinhas, ramos, rebentos, troncos e raízes.

Segundo o comunicado da ANEFA, “trata-se de uma situação que exige uma intervenção imediata e eficaz para que o impacto no sector seja o menos significativo possível. Numa altura em que a sustentabilidade da floresta de pinho está em risco, devido ao problema do nemátodo e à redução drástica da taxa de arborização, este é mais um entrave à fileira.”

Actualmente o cancro resinoso do pinheiro encontra-se difundido por todo o mundo, sendo que Espanha, Itália e Portugal são os principais focos na Europa.

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