A ADVID – Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense apresentou recentemente as suas previsões para a vindima deste ano. De acordo com a organização, “a evolução climática atípica do primeiro semestre de 2016 condicionou de forma significativa a evolução da fenologia”.
No que a aspetos fitossanitários diz respeito, a ADVID indica que “as condições meteorológicas atípicas registadas no período de inverno e primavera contribuíram para uma elevada pressão de doenças, em especial do míldio.”
As primeiras infeções registaram-se no início de abril, “em vinhas mais precoces e mais abrigadas, com os primeiros sintomas (manchas primárias) a surgirem de forma muito discreta durante a terceira/quarta semana de abril”.
A elevada precipitação, por sua vez, levou também a “inúmeras e consecutivas infeções primárias, condições ideais para o desenvolvimento de infeções secundárias, tanto nas folhas como nos cachos”. “As infeções de míldio ocorreram numa fase precoce e de grande sensibilidade da vinha (cachos visíveis- alimpa), o que conduziu, nalgumas parcelas, à redução do número de cachos”, refere.
Quanto ao oídio, “apesar da elevada precipitação ocorrida durante o período de primavera ter contribuído para uma elevada libertação e projeção de ascósporos (principal fonte de inóculo na Região), esta doença não se manifestou, de forma significativa na região”.
Assim, as previsões da ADVID indicam que a produção deste ano deverá atingir as 211 mil pipas de mosto.
