A Fenadegas anunciou em comunicado que as suas associadas devem reduzir ao mínimo os contatos nas suas adegas, mantendo os serviços mínimos para laborarem, mas garantindo que todas as condições recomendadas são cumpridas, por forma a combater o coronavírus.
Concordando e aprovando as medidas até agora implementadas para controlar a nova pandemia, a federação enunciou algumas das consequências da COVID-19 no setor, nomeadamente nas exportações que apresentavam resultados muito positivos e no próprio consumo interno.
A Fenadegas relembra também que “os trabalhos na viticultura deverão ser salvaguardados dentro, obviamente, das soluções de saúde recomendadas”, uma vez que “a vinha necessita nas próximas semanas de tratamentos, especialmente se começar a chover, de modo a não comprometer a produção de 2020“.
Prevendo o impacto negativo da pandemia para todo o setor vitivinícola e para o setor cooperativo, a Fenadegas propõe “apoio imediato de tesouraria pela quebra de vendas devido ao atrás referido” e “apoios coordenados em função da próxima vindima utilizando e, se necessário, reforçando os mecanismos de crise previstos na legislação nacional e comunitária.”
- Exportação – Depois de anos de trabalho com resultados muito positivos, dada a conjuntura mundial, haverá uma quebra significativa da exportação em volume e valor, com consequências ainda não calculadas para as empresas portuguesas. Um setor que exporta mais de 45% da sua produção terá, forçosamente, graves impactos.
- Quebra do consumo interno – os consumidores gastam prioritariamente em bens essenciais, os restaurantes estão na sua maioria fechados e há uma abrupta quebra do turismo.
Estes dois aspetos terão como consequências um aumento de stocks de vinho nas empresas do setor, que poderá implicar, na próxima campanha, menor compra de uvas por parte das empresas, com uma quebra significativa no seu preço.